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  • Foto do escritorLucas Brandão

A ameaça dos asteroides próximos à Terra


A ameaça dos asteroides próximos à Terra

Indiscutivelmente, os infográficos ganham cada vez mais popularidade, tornando-se poderosas ferramentas visuais para transmitir informações complexas de forma atraente. Em 16 de outubro, a NASA apresentou um infográfico não apenas esteticamente agradável, mas que também trouxe à tona uma preocupação de extrema relevância: a ameaça dos asteroides à proximidade da Terra.


Além das suas missões de exploração espacial, a NASA exerce uma função crucial conhecida como "Defesa Planetária". O seu objetivo primordial é monitorar asteroides que possam representar uma ameaça à Terra, visando a prevenção de eventos catastróficos, à semelhança do que conduziu à extinção dos dinossauros. A história nos ensina que um impacto de grandes dimensões pode ter consequências devastadoras para a vida no nosso planeta.


A detecção destes corpos celestes é um desafio significativo. Os asteroides não emitem luz própria, sendo identificados principalmente quando a luz solar incide nas suas superfícies. Para esta tarefa, telescópios especializados monitoram o céu noturno. Recentemente, a introdução de novos telescópios, concebidos especificamente para a "caça" de asteroides, tem ampliado a nossa capacidade de detecção.


Até agosto de 2023, graças a estes avanços tecnológicos e à colaboração entre astrónomos amadores e profissionais, conseguimos identificar 32.000 asteroides próximos à Terra. Estes dados são centralizados e analisados pelo Minor Planet Center, uma instituição crucial na estratégia de defesa planetária da NASA e um ponto de referência para astrónomos de todo o mundo.


No entanto, os números suscitam uma preocupação. Dos 32.000 asteroides identificados, mais de 10.000 têm um diâmetro superior a 140 metros. Para contextualizar a ameaça que representam, o asteroide que atingiu o distrito de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, causando ferimentos em quase 1.500 pessoas, tinha no máximo 20 metros de diâmetro. Um asteroide sete vezes maior não apenas causaria danos significativamente mais amplos, mas também poderia atingir o solo, ao contrário do meteoro de Chelyabinsk, que se desintegrou numa explosão aérea. Dependendo da sua trajetória e ponto de impacto, um asteroide desta envergadura poderia aniquilar uma cidade inteira e resultar na morte de milhões.


Especialistas, como o Dr. Ned Wright, têm sublinhado a importância de identificar estes asteroides potencialmente perigosos. Até ao momento, nenhum dos asteroides de 140 metros de diâmetro conhecidos está em rota de colisão com a Terra. No entanto, o infográfico da NASA sugere que ainda não localizamos metade dos asteroides próximos à Terra com esta dimensão. Estima-se que mais de 14.000 asteroides com um diâmetro de 140 metros permaneçam ainda não detectados. Além disso, acredita-se que existam cerca de 50 asteroides com 1 quilómetro de diâmetro ainda por identificar. Um impacto de um asteroide desta magnitude seria catastrófico para a civilização, embora ainda não se compare ao evento que extinguiu os dinossauros, cujo asteroide é estimado em 10 quilômetros de diâmetro.


A comunidade de defesa planetária, que abrange diversas organizações para além da NASA, tem um longo caminho a percorrer para garantir a segurança da humanidade. Cada esforço, por menor que seja, é crucial. Até mesmo ferramentas de comunicação, como infográficos, têm o seu valor, pois podem inspirar e informar o público, potencialmente atraindo mais indivíduos para se juntarem a esta missão vital.


Em resumo, a ameaça representada pelos asteroides próximos à Terra é real e presente. A colaboração contínua entre profissionais, amadores e organizações é essencial para monitorar, detectar e, eventualmente, desenvolver estratégias para mitigar estas ameaças. A consciencialização é o primeiro passo, e todos podem desempenhar um papel nesta missão, assegurando a segurança e continuidade da vida na Terra.

A ameaça dos asteroides próximos à Terra

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